O catequista e as suas "especialidades"


Sempre pensei que o ideal é acompanhar as crianças desde que elas começam na pré-catequese até que elas façam o Sacramento. Já pensou a cumplicidade que isso ia nos proporcionar? O conhecimento que teríamos de cada um deles? Seu jeito de pensar, seu jeito de ser, suas famílias... Talvez aí sim, teríamos uma comunidade verdadeira.
Agora tudo que temos são rápidos encontros semanais que não nos dá tempo nem de conhecer a todos pelo nome, quase... Que dirá seus anseios, sua família e suas vivências. Temos aí cerca de 30 encontros, trinta horas com eles, que não nos dá nem três dias de vivência! Queremos mudar a vida deles como? Tocar seus corações de que jeito? Por osmose?
Isso me frustra por demais... Na paróquia onde comecei a catequese, a catequista ficava três anos com a mesma turma na primeira eucaristia. Aí assumiam os catequsitas de crisma que ficavam dois anos com os adolescentes. Nossa! Nem posso descrever a maravilha que é isso. Tornamo-nos, além de catequista e catequizando, AMIGOS! Ontem ainda conversei com um catequizando meu de 2009. Gabriel me contava como foi na escola e nos jogos, onde foram campeões de vôlei... E ainda confessou a saudade que tinha de mim... Isso não tem preço gente, não tem mesmo!
Infelizmente nem sempre é assim. Na maiorira dos lugares temos catequistas “especialistas”. Especialistas em primeiro ano, especialistas em segundo ano, em terceiro nem tanto... É onde falta mais gente. Porque será? E temos os especialistas da "perseverança" (nome que considero pejorativo) e especialistas de Crisma, onde também não tem muita gente não.
E eu me pergunto: Essa "especilidade" é por afinidade com aquela faixa etária ou é por acomodação de não ter, a cada ano, que rever o seu planejamento, pensar em encontros diferentes, novas dinâmicas, novos planejamentos?

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